terça-feira, 23 de agosto de 2011

Leia a bula




Sempre tive pavor a remédios. Me sinto ainda mais doente quando tenho que tomá-los. Claro que eu acabo melhorando, mas sempre pensei que se eu tivesse que tomar remédios pra toda vida


                         1. Eu esqueceria os remédios dia sim, dia não;
                         2. Logo eu encheria o saco de tomá-los.

Então, eu já enchi o saco de tomar meus remédios. E eu tô tomando eles há, hum...deixa eu ver...sexta, sábado, FUN FUN FUN, domingo, nem um pouco ansiosa pro início da semana, segunda... quatro longuíssimos dias!!!

Eu sei, eu sou dramática, mas é meu charme, não posso deixar essa característica tão marcante de lado! hehehe

Na verdade eu tô é P da vida com a minha terapeuta e com o psiquiatra, que não me falaram nada sobre as reações adversas que eu poderia ter. Chego a pensar que se eu soubesse que a medicação dava esse desconforto todo, teria desistido. Quem sabe foi melhor não ler a bula, como sempre faço...

Li em algumas comunidades do Orkut e não me julguem porque no Facebook não tinha nada sobre o assunto que as primeiras reações à medicação costumam impressionar mesmo, que são muito tensas. E depois que eu li a bula, fiquei mais impressionada ainda! Cara, se você for como eu, não vai se tratar se ler a bula desses remédios!

Primeiro que a Rita é daquelas mulheres melentas, apegadas demais. E quando você se apega, não quer mais largar, entendeu? Pois é. E isso muito me preocupa porque não curto relacionamentos dependentes e obsessivos.

E como toda mulher, Ritinha tem suas virtudes e defeitos...

Ela me deixa agitada, irritadiça, me roubou minhas noites de sono. Tenho xingado tanto que pareço que tenho Tourette! E essa relação com ela me deixou muito confusa nos primeiros dias. Cheguei ao ponto de não entender muito bem o que as pessoas falavam comigo e isso me deixou bem assustada.

O remédio também me deu tontura, náusea e dor de estômago, boca seca, uma sede descomunal! Nunca me achei hiperativa, mas eu levanto tanto pra buscar água no trabalho que tô repensando meus conceitos! o_O

Porém, essas reações todas são esperadas. Pelo menos eu ainda não tive alergia, coceira nem dor no peito! Do jeito que eu sou sugestionável, se começar a me doer o peito, eu saio correndo pro hospital! #dramaqueen hahaha

E que coisa mais contraditória um remédio feito pra melhorar a sua concentração, mas que não permite que você dirija, suba uma escada, opere uma empilhadeira? E se rolar um atentado no prédio do meu trabalho, e eu for a única consciente e só tiver uma empilhadeira pra tirar os entulhos e liberar a passagem? Aí eu olho pro alto e me revolto com Deus, né?

- Cê jura que deixou essa tarefa pra menina DDA??? Sacaninha! #brinks

Positivamente, quando eu sento na cadeira, consigo me concentrar a ponto de saber quando estou a ponto de divagar ou se já tô em alguma viagem inútil pra aquele momento. E os meus colegas me ajudam bastante e falam de assuntos que super me interessam: novelas, A Fazenda etc. #NOT

Também percebo quando a minha mente tá começando a ir rápido demais e eu começo a me perder. Quando eu sinto ela fazendo vrum,vruum,vruuuum eu já mando um "Calma lá, garota!". Só quero ver o dia que eu gritar isso alto na sala, aí sim vai ser legal! Hahahaha!

Sei que eu mal comecei, mas já quero parar. Típico. ¬¬

2 comentários:

  1. Olá, eu também tenho DDA, TDAH, THDA, enfim... Trato há um tempo já, e o caso dos remédios é do modo "hard" desse jogo...
    Olha, tomava bastante remédio: para dormir, para deprê e para o DDA. Comecei a me sentir mais doente, mais desestimulada por causa disso e tudo mais.
    Os efeitos colaterais, realmente, são terríveis. Mão suando, boca seca, ansiedade, também tremia bastante e tive desordens intestinais (piriri ou ressecamento, alternado).
    Aí eu descobri que deixar os medicamentos não é tão legal, larguei meu preconceito com remédios e tentei outros remédios que me gerasse menos transtornos. O médico foi testando, de acordo com os sintomas que eu dizia, e com o que ele podia fazer. Diminui a dose de um remédio aqui, outro parei de usar, e aí vou seguindo.
    Hoje, se precisar, uso a Rita (agora é LA - bem melhor, menos forte) a vida inteira. Igual quem precisa tomar hormônios pela vida inteira, igual quem precisa tomar remédio para o sangue a vida inteira...
    Porque ela me ajuda. Mas de nada ela valerá se não houver uma mudança de vida: essa é a parte mais difícil. Hoje eu mantenho rotina, coisa que eu nunca tive. Não foi fácil no início, extremamente difícil na verdade, mas com o autoconhecimento, todo mundo chega lá. E é bem melhor a vida depois do tratamento do que antes, garanto :)

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  2. Pois é, essa parte da mudança de vida que tá difícil... =/

    ResponderExcluir

Avoadinhos queridos, não sou psicóloga nem psiquiatra. Sou só mais uma TDAH latinoamericana, que já leu muito a respeito e está aprendendo mais sobre si mesma. Coloquem suas dúvidas e eu responderei dentro do que sei e indicarei quem sabe responder melhor, OK?!

Palavras amigas e até mesmo críticas são bem recebidas pela casa ;)

Obrigada!

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