quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Crescendo com TDAH
Na adolescência, eu continuava lutando contra a minha dificuldade com matemática. Outras matérias continuavam me causando problemas, mas não o suficiente pra me causar muitas preocupações. Eu ficava de recuperação todo ano, mas sempre passava.
Nas aulas, se eu não dormia, viajava na maionese, a não ser que fosse aula de história ou português, que eu gostava muito. Ficava frustrada porque meus colegas entendiam coisas que pra mim era pior que física quântica! Meus professores ficavam frustrados de me ensinar, porque eu simplismente não entendia.Meu colégio pregava a competitividade e eu me sentia ficando pra trás.
Eu tinha uma dificuldade enooorme de levantar de manhã e tinha crises de insônia, em que eu passava escrevendo, escrevendo, escrevendo...Escrevi material pra vários livros e nunca publiquei nada.
Minha mãe chegou a me bater de toalha, me jogar água gelada, tudo pra eu levantar de manhã!
Todo mês eu levava esporro porque esquecia as datas de vencimento das contas que minha mãe deixava a meu cargo pra pagar, até que eu cansei e passei a prestar mais atenção quando ela falava comigo, hehehe.
Depois, durante a faculdade, eu esquecia quando tinha que entregar os trabalhos, os prazos estipulados pelos professores eram um desafio pra mim e eu vivia procrastinando o estudo. Ainda assim, nas matérias que eu gostava, como Filosofia e Sociologia, tirava notas altíssimas. Cheguei a tirar 11 em uma prova de Sociologia! hahaha
Eu era extremamente impulsiva, falando as maiores besteiras nas horas mais inapropriadas, o que me levou a perder alguns amigos, oportunidades de estágio, e meus amigos me viam como uma pessoa em quem não dava pra confiar um segredo, porque eu podia esquecer que era um segredo e contar pra alguém. Ainda assim, sempre fui muito doce e companheira. Conhecia muita gente, mas confiava a minha amizade a um grupo seleto que compreendia o meu jeitinho desligado. :)
Tive que me forçar muuuito pra diminuir isso, mas eu ainda me meto em gafes monumentais!
Isso sem falar que eu nunca tive disciplina pra seguir uma dieta e comia compulsivamente. Acho que entro e saio de dietas desde que eu tinha 10 anos e só consegui emagrecer com psicotrópicos.
Mas tudo eu achava que era remediável, que bastava eu me organizar e tudo daria certo.
E foi assim que eu fui me adaptando aos poucos a minha distração excessiva.
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Avoadinhos queridos, não sou psicóloga nem psiquiatra. Sou só mais uma TDAH latinoamericana, que já leu muito a respeito e está aprendendo mais sobre si mesma. Coloquem suas dúvidas e eu responderei dentro do que sei e indicarei quem sabe responder melhor, OK?!
Palavras amigas e até mesmo críticas são bem recebidas pela casa ;)
Obrigada!