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domingo, 29 de janeiro de 2012

Vugnon


Cupcake Skol

TDAs tem dificuldade de se fixar em uma determinada atividade e quando conversam tem dificuldade em se manter por muito tempo no mesmo tema.

Aqueles que tem hiperatividade ainda costumam interromper seus interlocutores, não dando a eles nem tempo de responder suas perguntas. Algo mais ou menos assim:

- Fulana, você já respondeu aquele e-mail que te encaminhei hoje de manhã?

- Eu…

- Ah, é! Você mandou com cópia pra mim, né? Desculpa, é que eu esqueci! Smiley mostrando a língua

Uma das minhas gerentes uma vez me disse que não votou em mim para uma promoção porque me achava enrolada e quando trabalhei com ela, eu usava muito o verbo esquecer…

Enfim, tô divagando de novo!

E é exatamente esse o tema desse post! Quem tem TDA ou convive com um já está acostumado a abordar com ele inúmeros assuntos em uma mesma conversa, às vezes até no mesmo fôlego!

Meu namorado também é TDA e aqui em casa a gente começa a conversar sobre uma conta que tem pra pagar e termina falando sobre a Guerra de Canudos! Vai entender…

Pra esses momentos a gente acabou criando uma espécie de senha. Sempre que um divaga demais e quer voltar ao assunto original, faz esse sinalzinho com a mão de “retorno”, igual do cupcake. Como TDA é muito visual e sonoro também, a gente criou uma sonoplastia pro sinal também. Vugnon! (vunhon) A gente escreve assim pra sacanear algo em francês que eu nem me lembro mais o que era. Hahaha!

Aliás, quando a gente criou o vugnon, era pra significar “eu tava pensando a mesma coisa” quando um dos dois puxava um assunto, mas acho que a gente acabou criando o vugnon do vugnon. <o>

É. Conversar com a gente pode ser um desafio. Mas um bem divertido, porque NUNCA ficamos sem assunto!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Retorno de Jedi

Bundinha, caríssimos avoados!

Fiquei muito feliz em ver que apesar de eu mesma não estar a fim de me encarar, algumas pessoas estão.

A verdade é que quando a gente olha um semelhante, encontra uma forma de olhar nós mesmos e, embora isso não seja sempre agradável, é sempre uma forma de auto-conhecimento e de crescimento pessoal, né?

Portanto, vocês, meus caríssimos avoadinhos, são pessoas sensacionais por persistirem lendo esse blog! Smiley piscando

Obrigada pelo apoio de vocês!

Eu ainda não preparei o texto em que falo do trabalho, mas posso adiantar que eu já tenho olhado pro meu cotidiano com mais satisfação do que antes.

O TDA também observa e permeia meu dia-a-dia com perseverança no intento, Jesus!

Ontem à noite, num esforço hercúleo de me impor alguma rotina, deitei cedo pra dormir. Procurei meu celular pra acertar o despertador e claro que não achei! (Um DDA nunca pode mudar as coisas de lugar, senão NUNCA MAIS acha)

Fiz meu namorado ligar pra ele pra descobrí-lo embaixo do meu travesseiro. =P

Essa foi a trapalhada #1 da noite. Segue a #2.

key

Meu namorado sempre tranca a casa antes de deitar e quando ele foi fazer isso, reparou que a sua chave tinha sumido.

Procuramos em todos os lugares possíveis e imagináveis da casa, dentro de bolsas, mochilas, gavetas, encontramos meias e cuecas perdidas embaixo do armário, mas não achamos a chave! (nem a tampa da minha manteiga de cacau que eu perdi há séculos, que droga!)

Já tava dando altos esporros nele no nível do “não deixe o DDA dominar a sua vida, poxa!”.

Desistimos.

Ele resolveu mexer no meu porta-jóias. Adivinha quem botei a chave lá dentro? Pois é.

domingo, 21 de agosto de 2011

Era uma vez uma menina meio desligada...

Oi, avoados!

Estou tentando montar as peças do quebra-cabeças que justificariam o diagnóstico de TDA pra mim. Já reparei que muitos TDA's fazem isso em seus blogs e é bacana porque ajuda outras pessoas a identificarem possíveis TDA's em seu convívio e procurar ajuda. Sem falar que clareia as coisas na nossa mente, né?

Enfim, eu juro pra vocês que eu tentei enxugar o texto, fazer uma coisa concisa, mas TUDO PARECE RELEVANTE!

Então, eu peço a compreensão de vocês pro tamanho do texto. Please, não desistam de mim ainda! Hahahaha!

Lá vai.


O TDAH não pode ser adquirido na fase adulta. Quem é TDAH, nasce TDAH. A propensão ao distúrbio depende de fatores genéticos, ocorre devido a um desequilíbrio neuroquímico no cérebro, mas ainda não vi ninguém explicando por que ocorre esse desequilíbrio. Estudos recentes mostram inclusive que o mesmo gene que enseja a propensão ao autismo também causa propensão ao TDA.

Eu nasci no seio de uma família bem “normal” e não sei dizer se meu pai ou minha mãe, ou até mesmo os dois são TDAH (grande suspeita, viu?), mas não existia a mínima suspeita de que eu tivesse qualquer problema. Muito pelo contrário, até uma certa idade acreditou-se que eu era uma espécie de super-dotada, por ter me auto-alfabetizado aos seis anos durante as férias de verão.

Ocorre que nas meninas o TDA geralmente se manifesta no tipo Desatento. Meninas TDA são mais quietinhas, obedientes, sonhadoras e passam boa parte do tempo divagando em estórias. Como o TDA é muito relacionado com a hiperatividade, esse tipo de criança desatenta, sonhadora e distraída acaba ficando sem diagnóstico. (Oi!) *Não consegui não fazer esse comentário => Sem falar que na minha época esse negócio de hiperatividade era pura frescura!
Até os oito anos de idade, eu já tinha escrito dois “livros”, textos esparsos de estórias que eu tinha criado, e até encenava sozinha em casa, interpretando todos os personagens ao mesmo tempo, e já apresentava problemas com matemática e falta de atenção em alguns ditados.

Cansei de tomar esporro dos meus professores, porque errava a questão tal por “pura falta de atenção”, durante toda a minha infância e adolescência.

Meu comportamento na escola beirava o agressivo. Vivia brigando com os moleques no recreio e meu passatempo favorito era bater nos que ficavam me provocando. Pra piorar, sempre fui gordinha e ainda tinha esse estigma em cima de mim, além de ser a CDF. Mais um motivo pra pequenas perseguições, que hoje provavelmente seriam classificadas como bullying. Minhas brigas na escola causaram a suspensão de pelo menos uns dois valentões, que me acusavam de ser protegida dos professores. Hum, devia ser porque eu era boazinha apesar de tudo, e porque eu tinha 8 anos e eles uns 14...( raivinha nostálgica rolando agora, um minutinho! hahaha)

Enfim, meu comportamento impulsivo me rendeu algumas visitas a diretoria, minha mãe teve que ir algumas vezes na escola porque às vezes eu falava demais na sala de aula. Eu me relacionava bem com a maioria dos colegas na infância, era comunicativa, extrovertida mas divagava demais. Isso tudo me faz crer que sou um tipo misto de TDA Desatento com Hiperativo.

Na primeira semana de aula no jardim de infância, em uma escola de freiras – eu sei, dei uma puta viajada no tempo mas a minha cabeça faz isso o tempo todo, gente, é inevitável! Argh! - fui suspensa porque mandei SÓ a professora/freira tomar no cu. Legal, né?

Acho que eu não tinha maldade no que eu falava, mas tudo o que eu aprendia, imediatamente precisava aplicar no meu dia a dia. E isso me rendeu muitos outros problemas, ah rendeu!

A cereja do bolo era a minha organização! Perdia material, emprestava e não lembrava pra quem tinha emprestado, pra depois ficar brava, achando que tinham me roubado! Não encontrava cadernos, cadernetas, livros etc. Esquecia as datas de provas, inclusive as da recuperação! E a partir da 5ª série, recuperação era praxe na minha rotina escolar. So much for “eu tive um futuro promissor”, heim?

Na família, eu era a respondona, mal-criada, ovelha negra. Minha mãe, coitada, ainda era acusada de ser uma mãe muito leniente, olha que injustiça! E além de sempre tomar esporro por causa do meu comportamento, eu ficava com dó da minha mãe, mas não podia evitar minha agressividade. Desafiava a autoridade dos meus pais dia após dia, mesmo que isso apenas me desgastasse emocionalmente e me fizesse sentir afastada da família e por consequência, carente e insegura.

Tudo indicava que a minha adolescência não seria muito tranquila...

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