segunda-feira, 16 de junho de 2014

Harry Potter tem dispraxia

Tava lendo uma notícia sobre o Daniel Radcliff, o garoto que interpretou Harry Potter no cinema, que me chamou muito a atenção. Um biógrafo lançou uma biografia não-autorizada do ator e relata o que poderia ser a causa do recente alcoolismo do rapaz.


Fonte: Veja


"Ele viveu episódios em que não conseguia fazer nada, nem amarrar o cadarço do sapato”, diz Jernigan em entrevista ao site Radar Online. O escritor também conta que as gravações de Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001) foram interrompidas diversas vezes por causa da doença.
“Daniel sentia que o distúrbio o deixava para trás. Ele não se via como um garoto normal”, diz o biógrafo. “Daniel começou a tomar alguns drinques na casa dos pais. E quando foi morar sozinho, aos 17, se tornou totalmente dependente do álcool. Ele tentava esconder seus problemas com a bebida.”
Aí você me pergunta: que distúrbio será esse que tanto atrapalhou a vida desse cara?
O distúrbio do Harry Potter poderia ser atribuído a muitos TDAHs, que são famosos por serem tão desjaeitados e desastrados.

Estamos falando de dispraxia.

Dispraxia, segundo a Wikipédia, é uma disfuncão motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. É a chamada "síndrome do desastrado".

O que é?


A dispraxia é um distúrbio no desenvolvimento que se manifesta com uma dificuldade no movimento do corpo, em relação ao espaço e ao tempo. A dispraxia, também conhecida como "Síndrome da criança desastrada", tem a ver com uma dificuldade ou incapacidade para realizar movimentos que pedem certa coordenação, por exemplo amarrar o cadarço, usar talheres, escrever, etc. Se ela for tratada adequadamente tem um bom prognóstico, no entanto não é reversível porque se trata de um amadurecimento inadequado dessa área, mas a criança pode ter um rendimento adequado e uma boa adaptação.

Como detectar?

Geralmente os dispráxicos apresentam os sintomas abaixo:

  1. Aprendizagem tardia. As crianças dispráxicas aprendem mais tarde do que as outras determinadas ações como falar, sentar, ir ao banheiro, engatinhar. (eu mesma só aprendi a falar depois dos 9 meses, bem mais tarde que as crianças da minha vizinhança. Meu pai, que já andava fulo da vida com um vizinho que dizia que eu seria muda, começou a me doutrinar a dar uma resposta à altura pro velho. O tiro saiu pela culatra quando mandei a diretora da escola "tomar no c*")
  2. Dificuldades na realização de movimentos. À medida que a criança cresce, ficam mais evidentes os sinais do síndrome da criança desajeitada, por isso aparecem dificuldades na realização de movimentos sutis como amarrar os cadarços, usar os talheres, escrever, entre outros. (quando criança, quebrava pelo menos um copo/prato lavando a louça e meu irmão tinha dificuldades na fala e escrita)
  3. Falta de equilíbrio e coordenação. Não têm noção das dimensões espaciais, é por isso que fazem movimentos desajeitados e sem cuidado.
  4. Dificuldades de aprendizagem. Inadequada coordenação nos movimentos com o uso de tesoura, lápis e desenho. Também aparecem problemas na fala.
  5. Problemas de concentração. As crianças dispráxicas costumam ter grandes dificuldades para se concentrar em uma única tarefa, com tendência a se distrair com facilidade.
  6. Inquietude. Estas crianças costumam estar em constante movimento, com dificuldades para ficar quietas.
  7. Habilidades sociais. As crianças com dispraxia têm grandes dificuldades para fazer amizade. São crianças que se aborrecem facilmente.
  8. Memória a curto prazo e organização. Têm dificuldades em lembrar das instruções e recomendações recebidas recentemente. Também apresentam má organização na hora de realizar tarefas.

Conselhos:

  • É importante ir a um psicomotricista para a reeducação, pois a dispraxia permanece ao longo da vida. Quanto mais cedo começar com o tratamento, melhor prognóstico.
  • A manifestação dos sintomas depende da idade e das características da criança.

Continuar lendo: http://saude.umcomo.com.br/articulo/como-detectar-a-dispraxia-4805.html#ixzz34AWPpLoF


Eu não sou desajeitado. É só que o chão me odeia, as mesas e cadeiras são bullies e as paredes entram no caminho

 

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Avoadinhos queridos, não sou psicóloga nem psiquiatra. Sou só mais uma TDAH latinoamericana, que já leu muito a respeito e está aprendendo mais sobre si mesma. Coloquem suas dúvidas e eu responderei dentro do que sei e indicarei quem sabe responder melhor, OK?!

Palavras amigas e até mesmo críticas são bem recebidas pela casa ;)

Obrigada!

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